“Revisões garantem o bom funcionamento do aparelho e evitam acidentes causados pela queima irregular do gás e desgaste natural do aquecedor”
Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Na época mais fria do ano, cresce a demanda pela utilização dos aquecedores a gás, que trazem conforto térmico para os moradores da residência. Mas, para o bom funcionamento, não basta lembrar desses aparelhos apenas quando as temperaturas caem, alertam especialistas em manutenção.
Maurício Luiz Bassani, engenheiro civil e facilitador do Departamento de Fiscalização (DEFIS) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), destaca a importância da manutenção preventiva, realizada por um técnico capacitado, como forma de garantir o correto funcionamento do aparelho e evitar acidentes. “A manutenção e a instalação adequadas evitam casos como possíveis explosões e até mesmo a morte de pessoas por intoxicação pelo gás resultante do processo de combustão realizado por esses equipamentos, o monóxido de carbono”, explica.
A queima irregular do gás está entre os principais problemas que podem ocorrer com os aquecedores. Ela pode danificar a câmara de combustão do equipamento, reduzindo sua vida útil. O desgaste natural e a falta de limpeza das peças são outros aspectos recorrentes, que só podem ser verificados por um profissional habilitado. “Os fabricantes recomendam que se faça a revisão no máximo uma vez por ano. Também é indicado que ela seja realizada antes de o inverno chegar para evitar correrias desnecessárias”, explica Carlos Roberto Braga, sócio-proprietário da 3B Aquecedores.
Outro ponto destacado por Thiago Rodrigues, proprietário da Sou Gás, está relacionado ao mau uso do aparelho pelo morador, que muitas vezes pendura roupas no equipamento ou coloca sobre ele prateleiras. “Produtos inflamáveis devem ser mantidos distantes do aquecedor, como forma de evitar acidentes”, ensina.
Atenção
Nos equipamentos antigos, a cor da chama é o principal indicativo de que há algum problema com o aparelho. Braga ensina que a coloração deve ser azulada, como a dos queimadores de um fogão. “Chama avermelhada é sinal de alerta, de que o aquecedor precisa de regulagem”, diz.
Os equipamentos eletrônicos, mais modernos, têm a câmara de combustão blindada, não permitindo o acesso à chama. Em casos de falhas, entretanto, o aparelho realiza um autodiagnóstico e emite um código de erro que indica qual é o problema.
Fuligem escura saindo do sistema de exaustão e a alteração da cor da capa do equipamento, que deixa de ser branca, também demandam atenção. Vale ainda acompanhar o funcionamento do aparelho para detectar se está aquecendo muito ou emitindo um ruído incomum. “Ao menor sinal de problema, a orientação é buscar uma empresa credenciada ao CREA-PR para realizar a revisão e a manutenção do aquecedor”, enfatiza Bassani.
Fonte: Gazeta do Povo – Sharon Abdalla
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